sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Indústria Cultural: processo que leva à padronização e produção em série

Assista ao vídeo baseado nas críticas de Theodor Adorno e Max Horkheimer, que no livro Dialética do Esclarecimento afirmam que "a técnica da indústria cultural levou apenas à padronização e à produção em série, sacrificando o que fazia diferença entre a lógica da obra e a do sistema social" (pág 114).

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Lan-house transforma comunidade da periferia

A revolução das redes chega às periferias e acelera o processo de inclusão digital

As lan-houses, locais com rede local de computadores e com acesso pago à internet, estão causando grandes transformações em periferias de todo Brasil. Um exemplo disso, é a lan-house do Jardim Elisa Maria, periferia de São Paulo, que mudou a realidade dessa comunidade.
Rogério, proprietário do local, foi porteiro durante um ano e meio, mas decidiu vender a moto para montar o negócio. “A lan-house, hoje em dia, é a aproximação de uma casa a outra, é a biblioteca, é o cinema, o banco de empregos que junta as pessoas. Basta saber explorar a ferramenta”, afirma.
Para o presidente da Associação Brasileira de Centros de Inclusão Digital, Mário Brandão, existem dificuldades para legislar uma lan-house. “Toda legislação que existe no ramo é negativa. Historicamente, esses estabelecimentos foram associados à evasão escolar. O que a gente gostaria é que os entraves fossem diminuídos para que a formalidade prevalecesse”, explica.
Estima-se que mais de 90.000 lan-houses estão distribuídas em todo país e mais da metade da população acessa a internet nesses lugares. “O computador é de muito fácil acesso. No mundo da internet, você é quem quer ser e vai aonde quer ir. Se souber usar as ferramentas, o computador e a internet, você consegue tudo”, conclui Rogério.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Rádio comunitária é feita com participação da comunidade

A Rádio Comunidade FM do Gama, que existe há 10 anos, é uma das primeiras rádios comunitárias autorizadas pelo Ministério das Comunicações no Brasil e uma das cinco principais rádios comunitárias de Brasília. Faz parte da Associação Comunitária de Comunicação e Cultura do Gama, assim como a Folha Independente, o jornal comunitário da cidade.
A programação funciona 24 horas por dia, com programas de vários tipos e estilos, que tratam de notícias, assuntos educativos, culturais, utilidade pública, esporte, música, entre outras variedades. A programação acontece com a participação da comunidade, que interage e expõe seus problemas.
A rádio Comunidade conta com o apoio cultural de comerciantes e de empresários da cidade. Um dos apresentadores, Rinaldo Alves, é professor do Centro de Ensino Médio 2 do Gama e membro da Associação responsável pela rádio. Ele chamou a aluna Danielle Rosa para apresentar um programa para jovens e estudantes.
Dani Rosa apresenta o programa Atitude, que vai ao ar todos os sábados, das 14h às 16h. O conteúdo do programa tem entrevistas, notícias, dicas de vestibular e concurso público, divulgação de eventos, projetos e veiculação de músicas voltadas ao público jovem.
Para a aluna, o diferencial de uma rádio comunitária é o contato maior com a população. "A gente divulga o que é de interesse da comunidade. A rádio está preocupada com os problemas da população”, afirma Danielle, que pretende seguir carreira voltada para a área de jornalismo e deseja trabalhar em uma rádio na escola.
Um dos ouvintes da rádio, Edimilson Pessoa, gosta de escutar a rádio principalmente durante as madrugadas, quando perde o sono. "Gosto de ouvir as músicas e as mensagens", diz.
A moradora Marlene Moreira disse que liga para a rádio e pede músicas sempre que está em casa. "Eu sintonizo em programações, mando recados para as amigas e faço os anúncios que preciso", conta.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

ARTIGO: O jornalista e a “arte de educar”

Ainda hoje é possível encontrar pessoas que tenham uma simples idéia de que o jornalista é aquele profissional responsável apenas pela criação e divulgação de notícias, informações, opiniões, documentários, programas, notícias de utilidade pública, entretenimento e as informações relacionadas ao interesse geral do público. Embora os jornalistas desempenhem essas funções gerais, e o exercício da profissão também exigir conhecimentos e experiências em outras áreas específicas, uma das funções mais importantes desse profissional é saber educar os cidadãos.
A “arte de educar” não é tão simples quanto pode parecer. No processo de transmissão de informações, o jornalista também transmite conhecimento, mas isso depende do assunto noticiado. O conhecimento é valioso, torna-se caro adquiri-lo, por exemplo, quando paga-se um curso superior, especialização e tantos outros cursos. A supervalorização do conhecimento é presente em todos os países, muitas vezes é monopolizada e existe até censura para não ser obtida por qualquer pessoa. Outro fator negativo de tal monopólio é a exclusão de classes sociais, sem oportunidades e condições de acessar às informações, portanto, acesso ao conhecimento.
De maneira eficaz, os jornalistas podem transmitir conhecimento e educação para a sociedade, colaborando com a cidadania e a extinção das desigualdades entre classes sociais. Não é tão simples, nem fácil. O que vemos hoje é a clara manifestação de interesses das empresas de comunicação, que valorizam a transmissão de informações com “cultura inútil”, temas supérfluos, que não acrescentam em nada para a formação pessoal e profissional de alguém. Essa valorização é resultado do interesse pela audiência, por lucros, pelo poder, e provoca impactos negativos para a sociedade, que poderia ser mais bem informada, educada e com pensamentos mais inteligentes.
O profissional jornalista deve ter sempre a consciência da grande responsabilidade que tem ao informar a sociedade. Apesar de a responsabilidade ser maior para os editores, que precisam “vender mais e melhor” e possuem mais autonomia e poder sobre outros cargos, todos os jornalistas possuem tal responsabilidade de educar no momento em que faz a pauta, busca e pesquisa os fatos, fotografa e filma, entrevista, quando produz a notícia, edita e diagrama, divulga as informações; enfim, ele é um educador em todas as etapas do exercício da profissão.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Análise sobre a Era da Informação

As novas tecnologias da Informação caracterizam a Quarta Revolução Tecnológica que acontece atualmente em todo o mundo. Essas tecnologias modificaram as rotinas de produção e os modos de relações entre todos os usuários das tecnologias da informação, além de desencadear as fortes transformações nas áreas profissionais e em toda sociedade.
Pode-se observar que essa revolução trouxe benefícios e facilidades para diversos setores em que é necessário o uso das Tecnologias da Informação (TI), assim como no âmbito das telecomunicações. Entretanto, as tecnologias também trouxeram dificuldades, competições e, em alguns momentos, muitos prejuízos para seus usuários (principalmente as empresas que as utilizam, por causa da necessidade de adaptação dos funcionários e da modernização de máquinas e equipamentos).
Em três décadas, houve uma grande evolução das tecnologias da informação, o que caracteriza a vida contemporânea com a necessidade da utilização das tecnologias, não somente por empresas de comunicação, mas também por diversos usuários de distintos segmentos. A utilização das TI é necessária, mas também faz com que seus usuários sejam “dependentes” e vulneráveis às constantes trocas e substituições das tecnologias.
A modernização modificou, além das atitudes, o modo de pensar dos profissionais de comunicação. É uma necessidade que eles se atualizem e aprendam a trabalhar com as novas tecnologias, como uma questão de “sobrevivência”, pois quem não consegue se adaptar à era da informação fica excluído, perde oportunidades e cede seu lugar a quem está adaptado.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Projetos da Escola Classe 16 promovem a cidadania

A Escola Classe 16 de Taguatinga possui alguns projetos sociais, com a realização de diversas atividades pedagógicas e culturais. Entre algumas ações, estão a “Sacola Literária”, uma iniciativa que leva o livro para a sala de aula, facilitando o aprendizado dos alunos e estimulando o interesse deles.
O “Ciência em Foco”, um programa do Governo do Distrito Federal criado neste ano, leva os alunos a aprender mais na aula e com a prática. “Os alunos aprendem com a investigação, com um material rico, aprendem fazendo e observando as atividades”, afirma a diretora da escola, Neiva Torquato.
O programa Educação Integral, que trabalha atividades dentro do tempo integral, envolve atividades como natação, orquestra, futebol de campo, informática, oficinas, horta, reciclagem (em que os alunos fabricam os próprios brinquedos para utilizarem durante os intervalos). Do total de 600 alunos, a Escola Classe 16 atende 120 crianças dentro do programa.
Em parceria com o Senac (Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial), o SESC (Serviço Social do Comércio) e outros parceiros, a escola promove a Feira Cultural, com a culminância de várias atividades para os alunos e a comunidade. A Festa junina e a Festa da família também oferecem várias atividades.
A escola possui um projeto de recreação, em que os próprios alunos dão orientação aos colegas para direcionar a disciplina. A Escola Classe 16 também atende a crianças com necessidades especiais.

Escola Classe trabalha para a inclusão digital dos alunos

O projeto “Clicando o saber” é realizado pela Escola Classe 16 de Taguatinga, com a iniciativa da própria escola e parceiros, com a proposta de oferecer aulas de laboratório trabalhando a parte pedagógica e oferecendo oportunidades para os alunos carentes e que não têm acesso a computadores. A iniciativa acontece também com o programa “Escola Integral”, no qual os alunos têm aulas integrais.
Segundo a diretora Neiva Torquato, não seria possível ensinar sobre tecnologia sem expor na prática o que acontece na era da informática. “A primeira importância é a não-exclusão. Há muitos alunos sem condições, carentes, que passam a ter convivência com a tecnologia através das escolas. Um grande benefício é o aumento da própria auto-estima do aluno”, explica a diretora.
Com as aulas de informática os alunos se interessam e podem aprender de forma diferente. “É um recurso importante, traz muito benefício, motivação, interesse e a busca dos alunos. É a própria inclusão, uma ferramenta de aprendizagem”, afirma Torquato.
A monitora do laboratório, Danielle Rodrigues de Farias, está no quarto semestre de Sistemas de Informação, e monitora as aulas desde março deste ano. Para ela, o projeto é importante porque “eles têm a oportunidade de ampliar os conhecimentos e também de crescer. Eles gostam muito de todas as atividades”.
A aluna beneficiada, Glória Estéfane Lutra, disse que só tem acesso a computadores na escola e afirma que gosta das atividades oferecidas. “Eu gosto das aulas de informática porque é legal, a gente escreve texto e aprende muito. No horário integral, eu também faço inglês, artes e natação”, afirma a aluna.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Cerca de 75 milhões de crianças não acessam a educação primária

A Organização Internacional do Trabalho, OIT, revelou no Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, 12 de junho, que cerca de 75 milhões de crianças no mundo não tem acesso à educação primária e começam a trabalhar muito cedo.

O assunto principal deste ano é a educação e também o combate ao círculo vicioso criado pela pobreza e a participação das crianças em atividades econômicas. Do total de 165 milhões de crianças, que trabalham no mundo entre 4 e 15 anos, mais de 100 milhões estão na agricultura e em áreas rurais, onde o acesso às escolas é mais difícil.

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) existe limitação quanto à disponibilidade de professores e o acesso aos meios de comunicação. As meninas são muito prejudicadas com as desigualdades: na América Latina, 90 % de menores que trabalham como ajudantes domésticas são meninas.

A OIT, assim como o Unicef e outras agências, considera a educação como a melhor opção para reduzir e, posteriormente, erradicar o trabalho infantil. Essas organizações acham necessário impulsionar a igualdade de gênero, devido às meninas serem as mais prejudicadas pela falta de educação.

Por: Giselli Vieira

Estados brasileiros estão abaixo da média no Ideb

O Ministério da Educação (MEC) divulgou na última quarta-feira, 11 de junho, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2007, que atingiu as metas de 2009 antecipadamente. O Nordeste apresentou o maior crescimento na qualidade do ensino público, mas todos os estados brasileiros ainda estão abaixo da média nacional.

As médias aumentaram de 4,2 para 3,8. Houve uma pequena melhora nos últimos dois anos, mas a situação ainda é preocupante. Entre as cinco regiões brasileiras, o Nordeste apresentou um índice com maior crescimento, embora todos os estados ainda estejam abaixo da média nacional.

O maior avanço ocorreu em municípios das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, o que resultou na diminuição das desigualdades regionais em termos de qualidade de ensino. O Distrito Federal e o Paraná têm as melhores notas, empatados com 5 pontos.

O Ideb foi criado no ano passado pelo governo federal e utiliza alguns critérios de avaliação, levando em consideração as taxas de aprovação, abandono escolar e o desempenho em duas avaliações nacionais feitas em 2007, o Saeb e a Prova Brasil.

Por: Giselli Vieira

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Programa beneficia a educação de crianças e jovens com deficiência

O Programa pelo Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social na Escola, o BPC, poderá identificar as barreiras que impedem o acesso e a permanência na escola das crianças e jovens com deficiência. Além do Distrito Federal, todos os estados do Brasil aderiram ao programa.

Na última quinta-feira, 5 de junho, foi encerrado o curso de formação de multiplicadores do BPC na Escola, um trabalho que será realizado por gestores em Brasília. O BPC na Escola é coordenado pelos ministérios da Educação, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Saúde, e pela Secretaria de Direitos Humanos. O programa integra o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

A partir do segundo semestre de 2008, os gestores que se formaram repassarão o conhecimento adquirido para os outros responsáveis pela aplicação de um questionário, que será utilizado para identificar as condições de saúde, assistência e educação em que vivem os beneficiários do BPC.

Os gestores se comprometeram a participar da formação também nos municípios. O programa já identificou, em trabalhos anteriores, cerca de 270 mil crianças e jovens atendidos pelo BPC que estão fora da escola. Dentre as dificuldades enfrentadas por eles, está a falta de transporte adequado para acesso à escola.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Brasil espera melhorar a Educação até 2015

O compromisso feito em 2000 por 164 países, entre eles o Brasil, com o Marco de Ação de Dacar (um compromisso coletivo para a ação), é de cumprir os objetivos de Educação para Todos (EPT) até 2015. Após avaliação anual dos resultados com referência a esses objetivos, foram elaborados os Relatórios Globais de Monitoramento publicados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Nas análises referentes ao Brasil, o Relatório mostra as desigualdades educacionais e faz considerações sobre as metas do Plano Nacional de Educação (PNE), com o objetivo de considerar os progressos atingidos e as ações a fazer.

O representante da Unesco Brasil, Vicent Defourny, entregou o relatório de monitoramento da Educação para Todos 2008 ao ministro da Educação Fernando Haddad. Ao receber o documento, Haddad disse que a sociedade brasileira já conhecia os dados e afirmou que o Brasil está empenhado em melhorar o acesso e a qualidade da educação.

Defourny afirma que ampliar o acesso à educação infantil é um dos principais desafios do Brasil, e destacou que a repetência é um dos problemas que as autoridades da educação brasileira devem se preocupar. O relatório da Unesco avalia a evolução do cumprimento das seis metas educacionais estabelecidas por 164 países em Dakar, Senegal. Uma avaliação feita pela Unesco mostra o Brasil entre 53 países que ocupam posição intermediária no alcance das metas.

O ministro Fernando Haddad explicou que a solução da maioria dos problemas da educação brasileira está em diminuir as desigualdades de oportunidades, ação que depende de um movimento dos governos, dos empresários e da sociedade.