sexta-feira, 13 de junho de 2008

Cerca de 75 milhões de crianças não acessam a educação primária

A Organização Internacional do Trabalho, OIT, revelou no Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, 12 de junho, que cerca de 75 milhões de crianças no mundo não tem acesso à educação primária e começam a trabalhar muito cedo.

O assunto principal deste ano é a educação e também o combate ao círculo vicioso criado pela pobreza e a participação das crianças em atividades econômicas. Do total de 165 milhões de crianças, que trabalham no mundo entre 4 e 15 anos, mais de 100 milhões estão na agricultura e em áreas rurais, onde o acesso às escolas é mais difícil.

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) existe limitação quanto à disponibilidade de professores e o acesso aos meios de comunicação. As meninas são muito prejudicadas com as desigualdades: na América Latina, 90 % de menores que trabalham como ajudantes domésticas são meninas.

A OIT, assim como o Unicef e outras agências, considera a educação como a melhor opção para reduzir e, posteriormente, erradicar o trabalho infantil. Essas organizações acham necessário impulsionar a igualdade de gênero, devido às meninas serem as mais prejudicadas pela falta de educação.

Por: Giselli Vieira

Estados brasileiros estão abaixo da média no Ideb

O Ministério da Educação (MEC) divulgou na última quarta-feira, 11 de junho, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2007, que atingiu as metas de 2009 antecipadamente. O Nordeste apresentou o maior crescimento na qualidade do ensino público, mas todos os estados brasileiros ainda estão abaixo da média nacional.

As médias aumentaram de 4,2 para 3,8. Houve uma pequena melhora nos últimos dois anos, mas a situação ainda é preocupante. Entre as cinco regiões brasileiras, o Nordeste apresentou um índice com maior crescimento, embora todos os estados ainda estejam abaixo da média nacional.

O maior avanço ocorreu em municípios das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, o que resultou na diminuição das desigualdades regionais em termos de qualidade de ensino. O Distrito Federal e o Paraná têm as melhores notas, empatados com 5 pontos.

O Ideb foi criado no ano passado pelo governo federal e utiliza alguns critérios de avaliação, levando em consideração as taxas de aprovação, abandono escolar e o desempenho em duas avaliações nacionais feitas em 2007, o Saeb e a Prova Brasil.

Por: Giselli Vieira

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Programa beneficia a educação de crianças e jovens com deficiência

O Programa pelo Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social na Escola, o BPC, poderá identificar as barreiras que impedem o acesso e a permanência na escola das crianças e jovens com deficiência. Além do Distrito Federal, todos os estados do Brasil aderiram ao programa.

Na última quinta-feira, 5 de junho, foi encerrado o curso de formação de multiplicadores do BPC na Escola, um trabalho que será realizado por gestores em Brasília. O BPC na Escola é coordenado pelos ministérios da Educação, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Saúde, e pela Secretaria de Direitos Humanos. O programa integra o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).

A partir do segundo semestre de 2008, os gestores que se formaram repassarão o conhecimento adquirido para os outros responsáveis pela aplicação de um questionário, que será utilizado para identificar as condições de saúde, assistência e educação em que vivem os beneficiários do BPC.

Os gestores se comprometeram a participar da formação também nos municípios. O programa já identificou, em trabalhos anteriores, cerca de 270 mil crianças e jovens atendidos pelo BPC que estão fora da escola. Dentre as dificuldades enfrentadas por eles, está a falta de transporte adequado para acesso à escola.