quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Turma de Pedagogia visita o CEAL

Para conhecer na prática como acontece o atendimento aos deficientes auditivos, a turma do 3º semestre de Pedagogia da FACITEC, do turno matutino, visitou o Centro Educacional da Audição e Linguagem – Ludovico Pavoni (CEAL-LP). A visita ocorreu pela primeira vez no dia 19 de outubro, com o acompanhamento do professor Alexandre de Paula.

O CEAL é uma instituição sem fins lucrativos e seu trabalho acontece há 30 anos, com apoio a bebês e crianças surdas carentes até a idade adulta. Com a ajuda de parceiros e convênios, são oferecidos diversos serviços às crianças e suas famílias.

A entidade trabalha com atendimentos especializados e vários profissionais, como psicólogos, fonoaudiólogos, médicos, dentistas, nutricionistas, assistentes sociais e professores da Secretaria de Educação do Distrito Federal.

Segundo o diretor da entidade, padre Giuseppe Rinaldi, entre os principais objetivos do CEAL estão o diagnóstico precoce, a reabilitação e a inclusão na sociedade. Ele afirma que a instituição é um ponto de referência de inclusão, pois é procurada por empresas para incluírem os surdos no mercado de trabalho.

“Nós fazemos profissionalização, principalmente, na área de informática, para os alunos serem encaminhados e se tornarem independentes. Trabalhamos muito com as famílias, que não podem se omitir, mas assumir seu papel. Damos suporte quando são pobres e desestruturadas”, revela Giuseppe.

O apoio às famílias acontece com atendimento comunitário, distribuição de cestas básicas e bazares de roupa. São oferecidos cursos de cidadania, alfabetização, informática, artesanato, doceiras, salgadeiras, cabeleireiro, manicure, corte e costura. Além disso, o CEAL conta com voluntários e também recebe estagiários nas áreas de atuação.

Padre Giuseppe conta que são mais de 1800 pacientes, entre crianças e idosos beneficiados com aparelhos de graça. O implante custa R$100 mil na rede pública e os aparelhos chegam a R$5 mil. “O CEAL é o maior centro do mundo que acompanha pessoas implantadas e oferece terapia. A tecnologia é cara, mas não tem custo o investimento na pessoa e na cidadania”, afirma.

Para uma das integrantes da turma, Abadia Duarte Guimarães, a visita foi importante pelo conhecimento profissional e pessoal que adquiriu: “além do aprendizado para o curso, trouxe experiência de vida. Algo que me preocupa é a inclusão social nas séries iniciais e a capacitação dos professores. Para um trabalho social, percebi que um grupo pode conseguir parcerias e recursos financeiros para ajudar a quem precisa.”

O professor Alexandre de Paula explica a importância da prática desenvolvida: “a visita permitiu o contato com uma instituição séria. É importante também a chance da FACITEC em abrir as portas para os alunos, com o estágio na educação especial, uma área que carece de profissionais”, conclui.

Por: Giselli Vieira
Fotografia: Giselli Vieira

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